domingo, 15 de abril de 2012

Abordagem policial - O abuso da autoridade.


Já tem algum tempo que venho pensando em postar sobre esse assunto em virtude da festa de fim de ano de 2011. Veja o governo do estado convida a população para a festa, e na chegada a Polícia Militar faz um cordão de isolamento, onde os convidados ( o cidadão de direito) são postos em situação ridícula de revista, colocando a mão na cabeça, na estratégia de diminuir a violência, trata todos como bandidos: mão na cabeça, vira de costas, o policial segura a suas mãos e faz a revista, inclusive nas partes íntimas. Com qual direito somos colocados em situação vexatória para cumprir a tal obrigação? Me recusei a ser revistado nessa condição e o policial me disse que eu não estava colaborando. Colaborando para que os direitos do cidadão sejam violados? É muito mais fácil considerar todo mundo como suspeito, do que buscar a inteligência para tratar e diferenciar o cidadão honesto do bandido. Quer dizer que a qualquer momento podemos ser colocados de cara no muro, por uma eventual revista ou suspeita? Caracterizada pelo o quê? por qual motivo? Será que no primeiro mundo funciona assim? Será que lá não existe o cuidado para que a abordagem não seja um ato vexatório e de danos morais? As indenizações são milionárias, sendo assim todo cuidado é pouco, e as abordagens não são um direito, mas uma condição baseada em fatos e provas. Um cidadão não pode, veja não pode, à título de diminuir a violência ou por um condição substantiva de um policial ser abordado e muita vezes de forma violenta, para justificar uma suspeita. A simples suspeita não caracteriza crime, a forma de andar ou se trajar não caracteriza crime, o crime é baseado em fatos e provas, na Constituição, até que se prove que você é culpado, você é inocente, e não podemos aceitar que inocentes e cidadão honesto e trabalhador seja colocado de frente pra parede, sendo tratado como criminoso, sem o justo julgamento, à título de uma eficácia contra a criminalidade. Aonde está escrito na lei que o cidadão pode ser abordado, sendo obrigado a virar de costas, colocar a mão da cabeça, abrir as pernas e ser revistado sem uma autorização expressa da justiça? quer dizer que o policial, na sua avaliação pessoal, para o veículo policial, manda você em sua trajetória ou caminho, como preferir, parar, manda virar de costa, abrir as pernas, ser revistado, caso não encontre nada de errado, bate nas suas costas e lhe diz: pode ir, grato por colaborar como a Polícia, tá brincando? Esqueceu os meus direitos? esqueceu as suas obrigações? quer dizer que o nosso direito constitucional de ir e vir pode ser violado por uma abordagem substancial ou pessoal e podendo ser alegado desobediência ou desacato, muitas das vezes a policiais despreparados? Somos colocados numa condição vexatória e não dá nada? fica assim? Quer um exemplo de abordagem sem constrangimento e situação vexatória e dentro da Lei? são as Blitz. Nunca vi numa Blitz colocar o motorista para fora do carro, mão na cabeça, sem uma real situação dentro da Lei. A operação aborda, pede documentos, apreende, prende, sem constranger os demais. Espero que um dia que possamos evoluir e buscar os nosso direitos, mesmos que esses direitos demorem, mas a sociedade é responsável para mudar a própria sociedade. Não quero comentar as palavras do apresentador, pois é lamentável. Fica aqui o meu repúdio.

Veja o vídeo e faça a sua reflexão.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Pulmão de Aço - Parei de reclamar

Esses dias atrás vi uma reportagem sobre a Eliana Zagui que está internada há 36 anos no Hospital das Clínicas em São Paulo, devido a uma paralisia desde os 2 anos de idade. Para ser sincero, já vi diversos vídeos e depoimentos de auto-ajuda e superação. Pessoas com todo tipo de deficiências e necessitando de cuidados especiais, que levam uma vida feliz, mas nenhum desses casos me tocou tanto como esse ao ponto de mudar a minha visão do mundo. Em um dos seus depoimentos ela diz: " Pode até ser que eu seja um exemplo de vida, mas prefiro que você que está me ouvido, viva a sua vida, pois vale a pena e seja um exemplo para seus filhos, para os seus amigos e acima tudo, pare de reclamar." Eliana Zagui, talvez não tenha sido exatamente essas as palavras, mas com certeza foi uma lição. Parei de reclamar.

Marciel

Eliana Zagui está internada há 36 anos no instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas, em São Paulo, devido a uma paralisia que, desde os dois anos de idade, a fez perder os movimentos do pescoço para baixo. Hoje lançou um livro que escreveu com a sua boca.
O seu primeiro livro de memórias é lançado esta terça-feira com o título Pulmão de Aço – uma vida no maior hospital do Brasil
Eliana explicou ao jornal ‘A Folha’ a origem do nome pulmão de aço, referente a «uma máquina, inventada na década de 1920, parecida com um forno», onde as pessoas com insuficiência respiratória eram colocadas com a cabeça de fora e onde ela própria já esteve, devido aos problemas respiratórios de que também sofre.
Eliana aprendeu inglês, italiano, tirou um curso de história de arte e tornou-se pintora, tudo enquanto estava deitada numa cama, condição em que se encontrada desde os dois anos.
Apesar das dificuldades motoras e também respiratórias, alcançou estas metas utilizando apenas a boca para escrever, pintar e ‘teclar’.
Eliana relata no seu livro que esteve próxima do suicídio. «Avaliava as possibilidades: arrancar o tubo da traqueia com a boca, cortar ou furar o pescoço», conta, nas páginas onde também brincou com a situação, ao dizer que «até para morrer antes da hora precisamos da ajuda de alguém».
Aos 38 anos, a mulher acrescenta ainda que «volta e meia, essas ideias ainda a visitam, mas que hoje tenta aliviar as suas angústias nas sessões semanais de análise» que frequenta.
Eliana disse que espera que o seu livro ajude «aqueles que não querem nada com a vida». «É claro que cada um tem as suas dores. A minha desgraça não é maior que a tua nem a tua é maior que a minha. Mas é sempre bom poder aprender a tirar o que vale a pena da vida», defendeu.

Fonte: ©Folha de São Paulo

Respirador ou ventilador mecânico ou Pulmão de aço é o equipamento eletromédico cuja função é bombear ar aos pulmões e possibilitar a sua saída de modo cíclico para oferecer suporte ventilatório ao sistema respiratório. Não substitui os pulmões na função de troca gasosa (hematose) sendo um suporte mecânico à "bomba ventilatória" fisiológica (diafragma e múculos acessórios da respiração). Sua invenção possibilitou o nascimento das Unidades de Terapia Intensiva possibilitando o tratamento dos pacientes com quadros graves, em insuficiência respiratória por qualquer causa como doenças pulmonares (DPOC, pneumonias, Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo, etc.) ou extra-pulmonares (choque, parada cardio-respiratória, etc). Pode ser adaptado aos pacientes por meio de uma prótese traqueal (tubos na traquéia) ou através de máscaras especiais cobrindo o nariz ou o nariz e a boca (procedimento chamado de ventilação não-invasiva).

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.





Link para acesso a livraria on-line: Pulmão de Aço.

O incrível ser humano.



Sempre se discute a relação do homem e do animal, principalmente entre donos e seus animais, a dúvida sobre o comportamento do animal sempre vem à tona e nunca sobre o comportamento do homem. Todos os estudos feitos até o momento demonstra claramente que o animal, qualquer que seja, é previsível, a exemplo de sabermos quando irá morder, atacar, se alimentar, etc...quanto ao homem, apesar de incontáveis estudos, ainda não foi possível determinar com exatidão, ou seja, o ser humano é imprevisível. É claro que após centenas de anos e árduos estudos sobre o toda a extensão do corpo humano e sua complexidade e a descobertas de novas tecnologias, fazem a expectativa de vida aumentar, a saúde melhorar, que limites sejam quebrados, que paradigmas sejam colocados de lado, recordes sejam superados até com uma certa facilidade. Apesar de toda essa tecnologia, todos estudos feitos, toda experiência ao longos dos anos, posso garantir que não é conclusivo. Leitura labial, postura corporal, exames clínicos e psicológicos, novos medicamentos, novas máquinas e produtos de alta tecnologia, tudo isso ajuda, mas na verdade, ainda não sabemos e talvez nunca saberemos até onde podemos chegar ou ser capaz de fazer. Nem o céu é o limite.

P.s.: Quando falei que nem o céu é o limite, esqueça aquela história que o homem foi a Lua, pois essa é uma das grandes mentiras da humanidade.

Veja o vídeo.