Ao longo da minha experiência no varejo e por todas as cidades por onde passei e trabalhei, quando se conversava a respeito de mão de obra, sempre a resposta era a mesma: Não temos mão de obra qualificada. Estamos entrando em 2010 e temos a mesma sensação ou sentimento a esse respeito. Os departamentos de Recursos Humanos, hoje utilizam nomes mais apropriados para classificar os seus recursos, tratando de Capital Humano. Existem hoje programas de retenção, estímulos, ambientes, tratamento diferenciados para absorver e manter o profissional nas empresas. No texto abaixo, de origem e autor desconhecido, já que recebi por e-mail, mas estou postando pois é pertinente pela discussão que pode gerar, mas de certa forma trata de pessoas consideradas com exceção, mitos, etc.…Em nosso dia a dia, temos pessoas normais que realmente fazem a diferença, além do compromisso, tem comprometimento, tem visão de futuro. A questão é quando essas pessoas se acham mais importante que a organização, ao ponto de achar que a empresa depende mais deles do que eles da empresa. Por outro lado ainda existe esse conceito de dizer que ninguém é insubstituível, no aspecto geral, realmente não é, pois quando se substitui uma pessoa por algum motivo, só o tempo vai dizer se a outra vai fazer melhor ou pior. A questão é que o empresário não pode ficar refém da situação, um time não pode depender exclusivamente de uma pessoa, mesmo porquê existe muitas variáveis a se considerar. De qualquer forma leia o texto abaixo e faça as suas conclusões.
Será mesmo que você é substituível?Narrador:
“ Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? - o encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven?
Silêncio.
Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso.
Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Gandhi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Albert Einstein? Picasso? Zico?
Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar 'seus gaps'.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis obsessivo... O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas´ de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Quando o Zacarias dos Trapalhões faleceu, ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:
"Estamos todos muitos tristes com a partida de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos:.. Ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível"
Como pode ver no relato acima o autor trata de forma generalizada como todos fossem insubstituíveis no ponto de vista empresarial, o que não é verdade. Somos insubstituíveis sim, mas em outras questões, a exemplo da família. Na empresa, mesmo que se sinta a falta, o espetáculo não pode parar. Boa vendas, bons negócios.
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