Crescemos ouvindo essa máxima do jeitinho brasileiro de fazer as coisas. Na verdade é uma forma caricata de querer levar vantagem em tudo. Dar um jeitinho, já demonstra que será improvisado, passando por cima do legal e respeitado. Outro dia atrás, não estou aqui para defender político nenhum, mas a conversa partiu para esse lado, e fiz a minha colocação, que para julgar as pessoas em primeiro lugar, temos que rever os nossos conceitos do que é certo e errado e depois conhecer os fatos, estar fundamentado para falar sobre o assunto. É muito comum no esporte, ouvirmos comentaristas emitirem opiniões sem saber ao certo do quê estão falando. O jeitinho brasileiro, disfarçado de levar vantagem, aplica o conceito que tudo pode ser feito. Furar fila, por exemplo, utilizando amizade de algum funcionário é uma forma básica do jeitinho brasileiro, utilizar o acostamento ou a via de ciclista para chegar mais rápido ao local de destino, mesmo correndo o risco de multa ou punição, é outro jeitinho brasileiro de tratar as coisas. Poderíamos citar diversos outros exemplos de como se aplica o tal jeitinho brasileiro, mas não é o caso. Poderíamos falar em direitos e obrigações, mas tenho absoluta certeza que as pessoas sabem, mas porquê não o fazem? buscam mais os direitos do quê as obrigações. Não estamos falando das pessoas que apesar de saberem das obrigações não o fazem por limitações, mas sim daquelas que querem levar a vantagem, dar o jeitinho. É muito comum, os golpes que se aplicam diariamente em pessoas que de certa forma buscam uma condição diferenciada do que o mercado oferece, uma certa vantagem, e acabam tendo prejuízos irreparáveis. O jeitinho brasileiro, é caricato, improvisado, mal feito, desrespeitoso, mau caráter, irregular e cheio de gambiarra. Quando alguém lhe disser que se dá um jeitinho, é bem possível que irá passar por cima de alguma coisa ou de alguém. Podemos ter pessoas que defendem o tal jeitinho de se resolver as situações, mesmo que mal resolvidas, de defender a improvisações como forma de solução. Dar um jeitinho é fazer duas vezes o que se deveria fazer, dar um jeitinho é gastar em dobro o que deveria ser gasto. Veja, de certa forma se faz necessário a improvisação para sair de uma situação difícil, salvar vidas é um bom exemplo, quantas já não foram salvas improvisando, mas não estamos falando disso, estamos falando de atitudes no dia a dia. Compactuar com esse tipo de comportamento, faz que a sociedade não evolua em toda a sua plenitude, mesmo em uma democracia, temos regras e acima de tudo o dever de ter um comportamento ético e moral.
