segunda-feira, 30 de agosto de 2010

A HISTÓRIA DO INSUBSTITUÍVEL?

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“ Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? - encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven?
Silêncio.”
Olha pior que essa história infantil é aquela do empresário que manda um consultor a Índia para ver se é possível abrir um fábrica de sapatos. Cara, quantas vezes ouvi essas histórias, dava vontade de sair da sala, parecia que estava no jardim de infância e o consultor??? vinha com essa, era de matar e o pior, acreditava no que estava falando. Quem substituiu Beethovem? ninguém! Mas a música clássica, erudita, acabou, morreu? ou continuou o seu caminho? Quem substituiu o Pelé? ninguém! mas quando o Pelé parou de jogar futebol o Brasil tinha 3 títulos mundiais e agora tem 5, ou seja, após a sua despedida do futebol, ganhamos 2 títulos e poderíamos ter ganho mais.
Não é e nunca foi a intensão de substituir, que fique claro, mesmo porquê essas pessoas, podemos considerar como exceções, gênios, mas acima de tudo, a vida continua. Quando utilizam essa exposição com a intensão de falar que as pessoas não são substituíveis, retenção de valores, capital humano, acredite, é mentira. Quando o profissional se considera insubstituível é um erro grave, quando a empresa acredita é um erro grosseiro e verá que ele depende mais da empresa do quê a empresa depende dele. Somos realmente insubstituíveis, para os nossos filhos e filhas, para as nossas mães, nossos pais, nossos irmãos, para o nosso cachorro,  mas para empresas, somos sim, imprescindíveis, diferenciais em relação a concorrência, mas absolutamente, não somos insubstituíveis, esqueça essa história, quando você achar que é maior que a instituição, maior que a empresa onde trabalha, que é insubstituível, pode ter certeza do quê estou falando, tá na hora de sair.

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