10/09/2010 - 20h48
Gerentes de supermercados são presos por suspeita de venda de alimentos irregulares.
PUBLICIDADEJULIANNA GRANJEIA
DE SÃO PAULO
Após receber denúncia, os gerentes de dois supermercados foram presos por suspeita de cometer crime contra as relações de consumo nesta sexta-feira em São Paulo. A gerente do hipermercado Walmart --da avenida Francisco Morato (zona sul de SP)-- e o gerente do supermercado Futurama --da rua Cásper Líbero (centro)-- foram presos sob acusação de vender alimentos irregulares e liberados após pagar fiança.
Robson Ventura/Folhapress
Alimentos irregulares apreendidos no hipermercado Walmart; gerente foi presa e liberada após pagar fiança
No Walmart, policiais da 2ª Delegacia de Saúde Pública do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania) afirmam ter encontrado goiabada, azeitona, queijo e pão com o prazo de validade vencido, sem etiquetas com informação sobre os prazos ou ainda em embalagens irregulares. Presa em flagrante, a gerente foi indiciada sob suspeita de crime contra as relações de consumo e solta após pagar R$ 2.000 de fiança.
Em nota, o hipermercado informou que abriu uma investigação para averiguar os fatos e tomar as providências cabíveis. "O episódio constitui fato isolado e alheio à rotina operacional de nossas lojas. A empresa repudia veementemente este tipo de falha. O Walmart informa, ainda, que possui procedimentos internos rigorosos para assegurar a excelência dos serviços e produtos oferecidos aos seus clientes. Para garantir a qualidade dos alimentos, todos os funcionários da rede são periodicamente treinados e as mercadorias com data próxima da validade são retiradas das lojas da rede, sendo sempre descartadas.
Já no Futurama, foram encontrados filé de frango, salsicha, castanha do Pará e bacon com os mesmos problemas. O gerente também foi preso em flagrante, indiciado sob suspeita de crime contra as relações de consumo e solto após pagar R$ 1.500 de fiança.
A Folha entrou em contato com o Futurama e sua versão será incluída neste texto assim que houver manifestação.
Segundo o delegado Anderson Pires Giampaoli, da 2ª Delegacia de Saúde Pública do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania), a pena para o crime contra as relações de consumo é de dois a cinco anos de prisão ou multa estabelecida pela Justiça. Os supermercados não foram fechados. "Os produtos irregulares apreendidos serão encaminhados à Vigilância Sanitária, que deverá tomar as providências em relação a estes estabelecimentos. Também orientamos os proprietários e gerentes porque 2 ou 3 semanas depois da apreensão, nós voltamos ao estabelecimento para uma nova fiscalização", afirmou Giampaoli.
Os produtos que foram apreendidos vão passar por perícia e depois serão inutilizados.
Fonte: Folha.com
Esse Blog já postou uma matéria sobre produtos vencidos em super e hipermercados, não é a primeira e nem vai ser a última vez que veremos na mídia notícias com essa. Agora por experiência própria, vamos as considerações:
1 - São gerentes ou diretores, na grande maioria despreparados, promovidos por consequência e não por competência.
2 - Não montam uma estrutura interna para garantir a segurança alimentar, independentemente dos procedimentos internos da empresa.
3 - Cobranças por resultados positivos obriga a buscar alternativas para diminuir as perdas e produto vencido é perda.
4 – O gerente ou diretor, acham que nunca vai acontecer.
5 – Desconhecem que produto vencido ou sem condições de venda, sendo ofertado ou vendido ao consumidor é crime.
6 – Que apesar de a empresa pagar a fiança para liberá-lo da prisão, ainda continuará respondendo criminalmente.
7 - Que provavelmente será condenado e vai cumprir pena alternativa, possivelmente, perdendo a sua primariedade.
8 - Que poderá perder o emprego e que terá grande dificuldade e conseguir um outro em virtude de estar respondendo um processo criminal.
9 - Os discursos das empresas de desconhecimento ou quebra de procedimentos, são comuns para justificar o injustificável.
10 - Qualquer hipermercado ou supermercado de grande porte, tem uma grande quantidade de produtos vencidos ou sem condições de venda diariamente.
11 – Desconhecem que ração para cães, gatos e pássaros tem validade, que aromatizador de carro tem validade, que chupeta para bebês, entre outros, que apesar de parecerem insignificantes para alguns, tem validade e que esses produtos podem colocar um gerente ou diretor na cadeia por estar na área de venda com o prazo de validade vencido.
12 – Desconhecem que as paredes dos supermercados tem ouvidos e em virtude disso, geram denúncias internas como resposta a alguma ação desprovida de conduta.
13 – Poderia relatar mais uma dezenas de condições favoráveis ou melhor dizendo, desfavoráveis para que continuem colocando diretores e gerentes de hiper e supermercados na cadeia por violação dos direitos do consumidor.
Acesse o post: Já comprou produto vencido? e leia mais a respeito.
Acesse o post: Já comprou produto vencido? e leia mais a respeito.
Faça as suas conclusões a respeito e quando for fazer as suas compras fique atendo ao prazo de validade e da qualidade do produto.
Vale lembrar também que realmente por buscas de resultados positivos, os gerentes e diretores são submetidos a torturas psicológicas e assédio moral diariamente, tendo que reduzir seu quadro operacional em busca da menor despesa, daí a inutilidade de treinamentos, pois sem mão de obra não se consegue resultado positivo na busca da qualidade e segurança alimentar. Deveriam existir leis severas para os grandes hipermercados obrigando-os a manter um quadro decente e condizente com suas vendas e produtos cadastrados. A carroça não anda sem o burro, o burro não puxa a carroça sem alimentação.
ResponderExcluirSr. Anônimo, concordo com a sua exposição em parte. É bem verdade que essas torturas psicológicas existem, sem contar com as humilhações, muito em função da dependência financeira e o receio de perder o emprego. Por outro lado tem o descaso, falo isso por vivência no assunto. Ao longo de toda a minha experiência orientei as pessoas a terem o cuidado com relação a segurança alimentar e muitos casos essa orientação não era seguida. Quando um gerente o diretor de loja é preso em virtude de produto vencido ou sem condições de venda, além de perder o emprego, vai responder a crime contra o consumidor. Veja, não joga os produtos no lixo,fica lançando no balanço para não gerar perda e comprometer o resultado, devido as pressões, mas chega o dia, que vem a denúncia, vem a fiscalização, além de ter que nessa hora jogar fora, ainda vai preso. A busca de resultados tem que ser de forma positiva. Veja concordar com essa situação, só quem perde é o gerente ou diretor, pois nessa hora a empresa, aquela mesma que pressiona por resultados, tira o corpo fora e te deixa na mão.Não se deixe enganar por quadro de pessoal insuficiente, baixa qualidade dos serviços. Tá nesse ramo de negócio? durma com essa preocupação, não espere uma carroça 2.0, pelo contrário, estabeleça um critério pessoal de fiscalizar diariamente a qualidade dos serviços e produtos que oferta em sua loja, pois se não for assim, esperar que caia do céu, até esse dia chegar, você pode ser o próximo a ser preso. Cidades, como Brasília, Rio de janeiro, São Paulo, são as cidades aonde tem os maiores registros de pessoas presas devido a esse problema. Fique de olho aberto e bom trabalho.
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